Bebê brinca com pacote de amendoim: novas diretrizes preveem consumo precoce de amendoim para prevenir alergia (Foto: Carrie Stevenson via AP)
Os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH) lançaram, nesta quinta-feira, novas diretrizes estabelecendo que a maioria dos bebês se beneficiaria de receber alimentos contendo amendoim a partir dos 4 ou 6 meses de idade. Isso deve reduzir o risco de eles desenvolverem alergias perigosas ao alimento no futuro.
Esta é uma grande mudança no aconselhamento em relação a dietas para bebês. "Estamos próximos de poder esperar prevenir um grande número de casos de alergia a amendoim", disse o médico Matthew Greenhowt, do Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia e membro do grupo designado pelo NIH para criar as novas diretrizes.
Essas recomendações são baseadas em pesquisas que constataram que a exposição precoce ao amendoim tem mais chance de proteger os bebês de desenvolver alergias no futuro do que de prejudicá-los.
As diretrizes detalham exatamente como o alimento deve ser introduzido na alimentação dos bebês. O método muda dependendo se o bebê faz parte de um grupo de alto, médio ou baixo risco para desenvolver esse tipo de alergia.
Bebês em alto risco precisam passar por consulta médica antes de iniciar essa exposição ao alimento.
Os bebês não devem receber o amendoim inteiro, pois isso representaria um risco de engasgo. A recomendação é dar a eles uma versão diluída de manteiga de amendoim, por exemplo.
Nos Estados Unidos, a alergia a amendoim é um problema crescente. Antes, pediatras aconselhavam que pais evitassem dar amendoim para as crianças até a idade de 3 anos, o que não foi eficaz, levando a recomendação a ser abandonada.