Essa é a maior variação de preços para um mês de março desde 2015
Publicado em 25/03/2021-09:38 Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil-Rio de Janeiro/Portal EBC
A imagem da capa do site Multisom é meramente ilustrativa e foi retirada de arquivos da internet/Google
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou taxa de 0,93% em março deste ano, acima do 0,48% de fevereiro deste ano e do 0,02% de março de 2020. Essa é a maior variação de preços para um mês de março desde 2015 (1,24%), de acordo com dados divulgados hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado, o IPCA-15 acumula taxas de inflação de 2,21% no trimestre. A taxa trimestral, também conhecida como IPCA-E é a maior para um primeiro trimestre desde 2016 (2,79%). No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 registra inflação de 5,52%.
Na prévia de março deste ano, a inflação foi puxada pelos transportes, que registraram taxa de 3,79%. O comportamento dos preços deste grupo de despesas pode ser explicado pelas altas dos combustíveis (11,63%). Só a gasolina subiu 11,18%, mas também houve variações de preços do etanol (16,38%), óleo diesel (10,66%) e gás veicular (0,39%).
Outros itens de transportes com alta de preços foram automóveis novos (0,99%), automóveis usados (0,30%), seguro voluntário de veículo (2,57%), ônibus urbano (0,42%) e trem (1,61%).
A alta de preços de 0,71% do grupo de despesas habitação também teve impacto importante no IPCA-15 de março. A inflação no grupo foi puxada principalmente pelo gás de botijão (4,60%), gás encanado (2,52%) e taxa de água e esgoto (0,68%).
Os alimentos tiveram inflação de 0,12%, mas a taxa é inferior à registrada nas prévias de fevereiro (0,56%) e de janeiro (1,53%).
Apenas o grupo educação registrou deflação (queda de preços), com uma taxa de -0,51% na prévia de março. Os demais grupos tiveram as seguintes taxas de inflação: artigos de residência (0,55%), saúde e cuidados pessoais (0,24%), despesas pessoais (0,10%), vestuário (0,03%) e comunicação (0,02%).
Edição: Valéria Aguiar