O presidente da República, Michel Temer, ao chegar de viagem à China, bateu o martelo com os auxiliares mais próximos e decidiu encaminhar a reforma da Previdência ainda no mês de setembro, antes do primeiro turno das eleições municipais de outubro.
"Para evitar perguntas e questionamentos, o presidente Michel Temer decidiu manter o envio em setembro", disse ao blog o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo).
Aliados do governo vinham demonstrando preocupação com a possibilidade de a pauta impopular da reforma ser utilizada por adversários durante a campanha eleitoral. Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) havia informado ao blog que, se fosse enviada depois da próxima segunda-feira (12) ao Legislativo, a proposta correria o risco de ficar parada até o início de outubro por falta de sessões na Câmara.
“Se não mandar até segunda-feira a reforma da Previdência, ela vai ficar parada por falta de sessão até o inicio de outubro”, disse Maia.
Havia uma queda de braço entre aliados sobre a melhor data para o envio. Os tucanos cobraram uma posição do governo de manter o cronograma original de enviar o texto da reforma ainda em setembro, posição que acabou sendo acatada por Temer.