Ministério da Educação adia prazo de inscrição no Fies em 15 dias
02/07/2016 11:29 em Educação

 - - O início do prazo para que os pré-selecionados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) concluam suas inscrições no Sistema Informatizado do Fies (SisFies) começaria ontem, mas foi adiado para o próximo dia 15. - - O atraso ocorreu porque houve a necessidade de "ajustes no sistema", de acordo com o Ministério da Educação.

- - O ministro Mendonça Filho, que estava cumprindo agenda em Aracaju, em Sergipe, teve de voltar emergencialmente a Brasília para acompanhar a situação no MEC. - - O problema no sistema se refere à comprovação de renda dos pré-selecionados, que somaram 294 mil no fim das inscrições, até anteontem.

- - Antes, os candidatos aptos ao Fies deveriam ter até 2,5 salários mínimos de renda familiar mensal bruta per capita (R$ 2.200). - - Em 16 de junho, o MEC anunciou que ampliaria o limite de renda para até três salários mínimos (R$ 2.640). - - Porém, segundo apurou o Estado, o sistema ainda não ajustou a fórmula de cálculo para se adaptar à alteração.

- - Quem não for selecionado entra, automaticamente, em uma lista de espera. - - As vagas que não forem preenchidas seriam apresentadas aos candidatos em lista de espera em 4 de julho - mas o adiamento da conclusão das inscrições, em efeito cascata, também vai atrasar este cronograma para o dia 22.

- - Depois de se inscrever no SisFies, o estudante ainda deve validar as informações na Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento da instituição de ensino para a qual foi selecionado e procurar um agente financeiro do Fies, programa que financia cursos superiores em instituições privadas a taxa de juros de 6,5% ao ano.

- - Após ser procurada pela reportagem, a Secretaria de Educação Superior (Sesu), do MEC, informou, em nota, que "a mudança no prazo de inscrição não compromete o processo de financiamento".


- - > Novas vagas:


- - Mendonça Filho havia anunciado, no dia 16 de junho, a abertura de 75 mil novas vagas financiadas para o segundo semestre. - - Para isso, seriam investidos R$ 450 milhões.

- - A elevação no limite da renda mínima dos estudantes para três salários mínimos ficou abaixo do que era esperado pelo mercado naquela oportunidade. - - Em abril, o então ministro Aloizio Mercadante havia anunciado o desenvolvimento de um estudo para que o limite fosse de 3,5 salários mínimos. - - As universidades buscavam com essa elevação conseguir diminuir o número de financiamentos ociosos do programa.

- - O setor ainda pleiteia um aumento na fatia do valor da mensalidade que pode ser financiado. - - Hoje, estudantes que se encontram no limite máximo de renda podem financiar 20% do preço; as instituições pedem elevação para até 50%.

 

 

- - - - - - >  Agência Estado/EM - Postado em 02/07/2016 08:55 / Atualizado em 02/07/2016 10:52

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