- - O consumo de ácidos graxos ômega 3, presentes em peixes como salmão, sardinha e anchova, está ligado a uma redução de 10% do risco de morrer por ataque cardíaco - afirma um estudo publicado nesta segunda-feira (27) nos Estados Unidos.
- - Os pesquisadores analisaram os níveis de ômega 3 no sangue e nos tecidos de participantes de 19 estudos realizados em 16 países, segundo o artigo publicado na revista médica "JAMA Internal Medicine".
- - Eles descobriram que o ômega 3 "estava associado com um risco cerca de 10% menor de ataques cardíacos fatais", mas que essa mesma correlação não foi observada no caso dos infartos não mortais.
- - Isso sugere "um mecanismo mais específico para os benefícios do ômega 3 relacionados com a morte", disseram os pesquisadores.
- - Os novos resultados "oferecem o quadro mais completo até hoje sobre os efeitos preventivos do ômega 3 contra as doenças cardíacas", disse a coautora do estudo Liana Del Gobbo, pesquisadora na Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, na Califórnia.
- - O ômega 3 presente tanto em vegetais como em frutos do mar foi associado com o risco 10% menor de sofrer ataques cardíacos fatais.
- - Principal fonte de ômega 3, os peixes também são ricos em proteínas específicas, vitamina D, selênio e outros minerais e elementos, disseram os pesquisadores.
- - Nos vegetais, o ômega 3 está presente em nozes, óleo de linhaça, óleo de canola e em algumas outras sementes e seus óleos.
- - O novo estudo oferece "uma oportunidade sem precedentes para compreender como biomarcadores sanguíneos de diferentes gorduras e ácidos graxos se relacionam com diferentes estados de saúde", afirmou o autor sênior Dariush Mozaffarian, da Escola de Nutrição da Universidade de Tufts.
- - Os pesquisadores estudaram mais de 45.630 pacientes. - - Desses, 7.973 sofreram ataques cardíacos pela primeira vez, com 2.781 óbitos registrados entre eles.
- "Os resultados de diversos estudos foram similares independentemente de idade, sexo, raça, presença ou ausência de diabetes, uso de aspirina ou de medicamentos para baixar o colesterol", completou Del Gobbo.
Da AFP/G1 - 28/06/2016 05h00 - Atualizado em 28/06/2016 05h00