A ira de Renan com Janot
Política
Publicado em 16/06/2016

- - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou a um assunto que havia tratado na sessão desta terça-feira (14): pedidos de impeachment do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhados ao Senado. - - Na ocasião, ele disse que havia arquivado alguns pedidos, mas iria analisar pessoalmente novos. - - Ou seja, não iria despachar tão rapidamente como fizera antes.

 

- - Na reunião de líderes, na manhã desta quarta (15), Renan colocou o assunto em discussão: imediatamente, o senador Fernando Collor (PTC-AL), que também é investigado na Lava Jato, deu o maior apoio à ideia de acolher o pedido (e aí começar um processo no Senado pelo afastamento de Janot); já o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) foi em direção contrária, e pediu moderação. - - O senador João Capiberibe (PSB-AP) também foi contra a abertura de processo contra Janot.

 

- - Mais tarde, enquanto presidia a sessão desta quarta do Senado, Renan voltou ao assunto e anunciou que iria analisar "com muito carinho" esses pedidos de impeachment de Janot. - - E lembrou que três procuradores que integram a força tarefa da Lava Jato tiveram seus nomes rejeitados pelo Senado em indicações para o Conselho do Ministério Público, mas, segundo ele, não se sentiam impedidos de analisar casos de senadores. - - O presidente do Senado prometeu analisar os pedidos em alguns dias e, então, anunciar, sua resposta.

 

- - Senadores da base do governo tentam demover Renan da ideia de acolher pedido de impeachment de Janot. - "Isso não será bom para ele", disse um governista.

 

Já um petista avaliou: "Ele quer dar um susto... - Vai dizer que pode acolher, depois recusa e ainda fica com crédito junto à PGR", arriscou.

 

 

 

Quarta-feira, 15/06/2016, às 19:34, por Cristiana Lôbo/G1

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