Presidente da CNBB diz que corrupção também é forma de violência; campanha foca na justiça social
Brasil
Publicado em 15/02/2018

Graziele Bezerra - 14/02/2018 - 15h54 - Brasilia-DF/Radioagência Nacional/Site EBC - A imagem da capa do site Multisom foi retirada de arquivos da internet

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou hoje (14), Quarta-feira de Cinzas, a Campanha da Fraternidade 2018, com o tema Fraternidade e Superação da Violência.

 

Segundo a CNBB, os números crescentes revelados pelas pesquisas sobre a violência, além da sensação de insegurança vivida pela população em várias regiões brasileiras, mostram a necessidade de reflexão do tema.

 

Superando o contexto religioso, o presidente da CNBB, dom Sérgio da Rocha, também arcebispo de Brasília, diz que a campanha combate todo tipo de violência, inclusive a corrupção.

 

Segundo dom Sérgio da Rocha:  “A corrupção é uma forma de violência e ela mata, por isso precisa ser combatida, uma vez que, quando se desvia dinheiro público está se negando ao povo o direito à educação, à saúde e à segurança pública e assim vai.”

 

Citando o alto índice de violência durante o carnaval do Rio de Janeiro, o presidente da Frente Parlamentar pela prevenção Á violência e redução dos Homicídios, deputado Alessandro Molon, disse que a campanha também vai ajudar a chamar a responsabilidade das autoridades para resolver o problema da violência.

 

Segundo o deputado Alessandro Molon: “Foi uma vergonha o que aconteceu no Rio de Janeiro neste carnaval. A omissão, a ausência do prefeito da cidade, tratando carnaval como se fosse folga. O governo fora da capital, no inteiro. E o carnaval sendo marcado por violência, tiros, facadas e agressões de todos os tipos. A cidade e o povo do Rio se sentindo abandonado e entregue à própria sorte. Lamentável isso. E a campanha da fraternidade contribuiu para chamar a responsabilidade das autoridades por isso."

 

E o papa Francisco enviou uma mensagem, por ocasião do lançamento da Campanha da Fraternidade, onde ele diz que a paz é tecida no dia a dia com paciência e misericórdia, no seio da família, na dinâmica da comunidade, nas relações de trabalho, na relação com a natureza. São pequenos gestos que criam espaços onde se respira a fraternidade.

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