A aprovação da reforma da Previdência é crucial para a manutenção dos juros nos menores níveis da história, diz a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em nota, a entidade destaca que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, de baixar para 7% ao ano os juros básicos, era esperada pela indústria e defende a aprovação de reformas estruturais na economia, além de controle nos gastos públicos para que as taxas não voltem a subir.
De acordo com a CNI, o fato de a inflação estar sob controle e abaixo do centro da meta, de 4,5%, para este ano permitiu ao Copom cortar os juros pela décima vez seguida. Para a entidade, as taxas baixas são cruciais para recuperar a economia. “O juro baixo é fundamental para estimular o consumo e os investimentos e consolidar a recuperação da economia”, destaca a confederação.
A CNI advertiu, no entanto, para os riscos da frustração das reformas estruturais sobre o ajuste fiscal e a estabilidade alcançada até agora. Segundo a entidade, a não aprovação da reforma da Previdência pode provocar a reversão da queda dos juros. “A reforma da Previdência é um dos principais pilares do equilíbrio permanente das contas públicas”, acrescenta o comunicado.
Para o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a queda da inflação poderia permitir novos cortes no próximo ano, mas as incertezas de um ano eleitoral trazem dúvidas sobre a evolução dos juros. “Mesmo que a inflação permaneça sob controle, haverá as incertezas próprias de um ano eleitoral. Além disso, a agenda das reformas, que caminha para um momento decisivo, deverá influenciar a política monetária”, ressalta a entidade em nota.
Edição: Nádia Franco