O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, elogiou nesta terça-feira (22) a decisão do governo de privatizar a Eletrobras. Segundo ele, o mais importante não é se a gestão é pública ou privada, mas se o cidadão está sendo atendido. Hoje a União tem 51% das ações ordinárias (com direito a voto) e uma fatia de 40,99% no capital total da Eletrobras.
“O governo precisa existir para atender as pessoas que precisam e estar focado em saúde, educação e segurança. Não tem nenhuma necessidade de o governo ter o controle da Eletrobras, porque vimos que no governo do PT e da ex-presidente Dilma isso foi desastroso”, afirmou.
Em 2012, a ex-presidente Dilma Rousseff editou a Medida Provisória 579, convertida na Lei 12.783/13, que reduziu alguns encargos setoriais incidentes sobre as tarifas e estabeleceu regras para antecipar a renovação de concessões no setor elétrico. “Foi uma decisão catastrófica e gerou um prejuízo de R$ 200 bilhões, mais do que todo valor necessário para universalizar o saneamento no Brasil”, disse Maia.
Oposição
Por meio de nota, o líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), criticou a decisão do governo e afirmou que a Eletrobras é garantidora da segurança energética do País. Ele destacou ainda que a receita líquida anual do grupo está em R$ 61 bilhões anuais.
“Com a decisão de privatizar a Eletrobras, o País segue na contramão do restante do mundo. Além de os serviços de distribuição de energia elétrica serem majoritariamente estatais e com capital nacional”, afirmou. Segundo Zarattini, EUA, Alemanha e Austrália barraram investimentos chineses da ordem de US$ 38,9 bilhões no setor, alegando questões de segurança nacional.