Os veículos em Minas Gerais que podem ser abastecidos com etanol estão com o preço do combustível novamente em condição de competitividade com o da gasolina. Último levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), mostra que no período de 30/07 a 05/08, o valor médio do etanol em Minas Gerais foi de R$ 2,688 equivalente a 69,9% do preço de R$ 3,845 encontrado para a gasolina.
Saiba mais
· Mesmo com PIS/Cofins menor, etanol sobe em 12 Estados e no DF, diz ANP
O levantamento considera que o combustível de cana, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.
De acordo com a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), o aumento do imposto sobre os combustíveis, feito pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB), teve incidência menor sobre o etanol, quando comparado com a gasolina.
O preço médio da gasolina já teve alta de 7,5% e alta de 6,7% no caso do etanol. Em Belo Horizonte a alta dos preços médios foi de 8,2% para a gasolina e 6,1% para o etanol Mas, se o motorista estiver disposto a pesquisar pode encontrar diferença ainda maior em favor do etanol em alguns postos da capital, podendo ser de até R$ 1,20 por litro.
O setor vinda de forte queda nos últimos meses, como conta o presidente da Siamig, Mário Campos, e essa competitividade dá a possibilidade de retomada do crescimento. “Essa competitividade dos preços possibilitará que o mercado volte a crescer. O mineiro gosta muito de fazer conta, diferentemente de outros estados. Então se ele perceber que está conta está vantajosa ele volta a abastecer com o etanol”, disse.
Segundo Campos, o setor atingiu seu auge em outubro de 2015 quando foram consumidos 200milhões de litros de etanol. De lá pra cá a queda foi se acentuando. Em junho deste ano o consumo foi de 90 milhões de litros.
“A expectativa é quem com essa melhora no preço em agosto o consumo volte a crescer e fique em 120 milhões de litros”, aposta.
Mário Campos chama ainda atenção para que cada motorista perceba como o combustível funciona no seu carro. Isso porque, segundo ele, essa conta que aponta que o preço está em média 69% na capital, pode ser traduzida em números ainda melhores.
“O importante é que se tenha a noção de quantos quilômetros se consegue rodar e encontrar a relação de preço ideal para seu veículo. Esses 70% é métrica do mercado, mas não quer dizer que seja para cada veículo”, pontua.
Na prática, o que ele quer dizer é que dependendo da forma como cada pessoa dirige, a diferença de consumo entre a gasolina e o etanol pode ser menor, possibilitando menor consumo.
Marcelo Ernesto/Site Estado de Minas - Postado em 14/08/2017 17:37 / Atualizado em 14/08/2017 18:06