Papa pede Igreja universal, "unida na diferença", no dia de Pentecostes
Internacional
Publicado em 05/06/2017
Papa Francisco celebra a missa de canonização dos irmãos pastorinhos em Fátima (Agência Lusa/Direitos Reservados)

"A unidade verdadeira", apontou o pontífice perante milhares de fiéis que assistiam à missa na Praça São Pedro, "não é uniformidade, senão unidade na diferença", disse Papa Francisco - Maurizio Brambatti/Agência Lusa/Direitos reservados

O papa Francisco defendeu neste domingo (4) uma Igreja universal na qual não haja "cristãos de direita ou de esquerda", mas sim gente "unida na diferença", durante a comemoração litúrgica da festividade de Pentecostes. As informações são da Agência EFE.

"A unidade verdadeira", apontou o pontífice perante milhares de fiéis que assistiam à missa na Praça São Pedro, "não é uniformidade, senão unidade na diferença".

Francisco presidiu uma solene missa por causa deste dia, que encerra o Tempo Pascal e no qual os católicos festejam a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos. O papa advertiu que, na busca dessa unidade na diferença, é preciso evitar "duas tentações frequentes", a primeira delas é "buscar a diversidade sem unidade".

"Isto ocorre quando buscamos nos destacar, quando formamos grupos e partidos, quando endurecemos nossos planejamentos excludentes, quando nos trancamos em nossos particularismos, talvez considerando-nos melhores. Então se escolhe a parte, não o todo", apontou.

A segunda delas é tratar de "buscar a unidade sem diversidade", um caminho que acaba caindo na uniformidade", "onde já não há liberdade".

Frente a estas duas vias, prosseguiu, é preciso apostar por uma unidade que se baseie no respeito, que vá "além das preferências pessoais" e que expatrie "os murmúrios que semeiam discórdia e as invejas que envenenam". "Ser homens e mulheres da Igreja significa ser homens e mulheres de comunhão", acrescentou.

Francisco também citou outro valor fundamental tanto no seio da Igreja como no mundo em geral, o perdão, "o dom por excelência" que "é o amor maior, o que mantém unidos apesar de tudo, que evita o colapso, que reforça e fortalece".

"O perdão libera o coração e permite recomeçar: o perdão dá esperança, sem perdão não se constrói a Igreja. O Espírito de perdão, que conduz tudo à harmonia, nos empurra a rejeitar novas vias", concluiu.

 

 

Da Agência EFE - 04/06/2017 - 10h24 - Cidade do Vaticano - Agência Brasil/Site EBC

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