Os preços dos produtos de Páscoa subiram 0,36% em relação ao ano passado, de acordo com o Instituto Brasileiro da Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre). Apesar da alta, o percentual está abaixo da inflação acumulada entre abril de 2016 e março deste ano, de 4,55%.
Os pescados frescos foram os produtos que tiveram a maior elevação (15,89%) entre os alimentos mais comuns para as comemorações desta época do ano, de acordo com a pesquisa do Ibre. Em seguida, estão o vinho (9,96%) e o bacalhau (5,73%). A pesquisa não inclui ovos de Páscoa.
Segundo o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do instituto, André Braz, a elevação deste ano foi menor do que a registrada na Páscoa de 2016 em relação a 2015. “Houve uma aceleração dos preços, mas em magnitude muito menor da registrada no ano passado. Em 2016, a cesta subiu em torno de 15% e os produtos de Páscoa esse ano subiram 0,36%. Foi uma aceleração muito tímida”, comparou.
Apesar disso, Braz alertou que os preços podem aumentar mais nos próximos dias por causa da demanda. “A pesquisa não mostra, em definitivo, o que o consumidor vai encontrar para a Páscoa. Só medimos o que aconteceu com os preços até março deste ano. Às vésperas, além desse aumento de 15% do pescado fresco já registrado, o preço do peixe pode subir mais porque a demanda fica muito forte.”
O equilíbrio, segundo o economista, pode vir dos demais produtos que compõem a cesta e estão com preços em queda, como a batata-inglesa (-47,54%), a sardinha em conserva (-1,98%) e a couve (-0,18%).
Apesar de os ovos de Páscoa não entraram na lista da pesquisa, o coordenador do IPC estima que os preços subam cerca de 10% este ano. A recomendação, segundo Braz, é que o consumidor pesquise antes da compra. “Vale pesquisar preço pela internet, ver nas lojas. Estamos em recessão, tem muita gente desempregada e o mercado está com a tarefa de atrair o consumidor para a loja. E só se atrai o consumidor com promoções.”
Edição: Luana Lourenço