Objetivo é levar o tema para discussão dentro das famílias
Publicado em 27/09/2022-19:29 Por Agência Brasil-Brasília/Portal EBC
A imagem da capa do site Multisom é meramente ilustrativa e foi retirada de arquivos da internet/Google
O Ministério da Saúde lançou hoje (27) a campanha nacional de doação de órgãos e tecidos. O tema da campanha é Amor para Superar, Amor para Recomeçar e o objetivo do ministério é incentivar a discussão do tema dentro das famílias. A lei brasileira determina que a família deve autorizar a doação de órgãos e, por isso, é importante que a vontade do doador seja conhecida pelos parentes.
“O Brasil tem suas particularidades. Os familiares precisam reiterar, concordar [com a doação], mesmo que haja a decisão dos próprios indivíduos, mas isso apenas reforça a grandeza das famílias brasileiras e o quanto o programa de doação de órgãos e tecidos precisa ser enaltecido todos os dias”, disse o ministro da Saúde substituto, Bruno Dalcomo. Em sua fala, ele destacou que o país tem o título de maior programa público de transplantes do mundo.
No ano passado, o foco da campanha era estimular a conversa com a família para, através do diálogo e conscientização, aumentar o número de doações e incentivar o gesto. Agora, o ministério mira na importância do conhecimento dos familiares sobre a vontade do indivíduo em doar órgãos e também sensibilizar os familiares para autorizarem a doação. É deles a palavra final.
A campanha será veiculada em TV, rádio, mídia exterior em lugares de grande circulação de pessoas, em portais online, além de redes sociais. Atualmente, mais de 59 mil pessoas estão na fila esperando por um órgão. Esse dado contabiliza também as pessoas que esperam por uma córnea. Só em 2022, em média, mais de 45% das famílias não concordaram com a doação.
O Brasil é o segundo país do mundo que mais realiza transplantes, que é garantido a toda a população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2021, foram feitos cerca de 23,5 mil procedimentos, desse total, cerca de 4,8 mil foram transplantes de rim, 2 mil de fígado, 334 de coração e 84 de pulmão. O país tem 633 hospitais de transplantes autorizados.
Edição: Aline Leal