O número de casos de sífilis em Juiz de Fora aumentou cerca de 68%, segundo levantamento feito pela Secretaria de Saúde. Passou de 140 em 2014 para 235 em 2015. Neste ano, até outubro, foram registrados 212 casos da doença.
Para identificar a doença, é feito um exame de sangue específico. Em uma clínica particular da cidade, são diagnosticados em média cinco casos por mês. De acordo com o hematologista Victor Bastos, o exame deve ser feito 21 dias após uma situação de risco. "A gente tem o teste rápido, que aponta o resultado na mesma hora, e os testes sorológicos", afirmou.
A sífilis é uma doença sexualmente transmissível. "A doença é transmitida por uma bactéria, é uma doença infecciosa, sistêmica e crônica. Pode ser transmitida por via sexual, que é a mais comum, mas também pode ser pela via hematogênica, que seria da mãe para o feto, ou através da transfusão de sangue, que é muito raro", explicou.
O infectologista Marcos Moura destacou que é preciso ter cuidado com os sintomas iniciais, pois eles podem desaparecer sem que a doença tenha sido curada. "Quando ela aparece, parece uma lesão no pênis ou na vagina, é a forma primária da sífilis, logo após a infecção. Depois de dois, três meses, aparecem lesões no corpo. A forma grave da sífilis aparece, muitas vezes, dez anos depois depois da infecção", esclareceu.
Do G1 Zona da Mata com informações do MGTV-18/11/2016 19h28-Atualizado em 18/11/2016 19h40